Desenvolvendo o jogo – Regras

Nesse post vou descrever sobre os elementos que compõe o jogo (Tabuleiro, Peças, Atributos, sistema de confronto), as regras básicas a serem seguidas para se poder jogar corretamente. Tudo isso de forma abstrata, para que o jogo durante a descrição não fique preso a uma temática e se tenha foco apenas na mecânica do jogo. Então vamos lá:

Tabuleiro:

Tabuleiro

O tabuleiro consiste em um agrupamento de 91 hexágonos (casas) formando um hexágono maior de arestas com tamanhos iguais (compostas por 6 casas cada).

Peças:

As peças teram variação de importância no jogo, referente a seu poder de movimentação e poder de ação no jogo. A peça de menor importância seria 1 e a de maior seria 5.

peçasapresentacao

Cada jogador terá no inicio da partida oito peças, sendo quatro delas de “importância 1”, uma de “importância 2”, uma de “importância 3”, uma de “importância 4” e uma de “importância 5”.

A formação das peças no inicio do jogo é importante para o equilíbrio da importância das peças seja igual.

Close-linhas-tabuleiro

As peças são dispostas em três linhas tomando como base uma das arestas do tabuleiro.

Linha-de-base

As peças de maior importância (de importância 2 até a 5) são postas no meio dessa aresta, constituindo uma linha com quatro peças, sobrando uma casa vazia em cada lado da aresta do tabuleiro. Tais peças são posicionadas da esquerda para direita: Importância 5, importância 2, importância3, importância 4. As duas peças de maior importância na linha de base tomam as extremidades enquanto as outras duas ficam entre elas.

pecas-tabuleiro

As peças de “importância 1” são dispostas da seguinte forma: três delas ficam uma linha a cima das peças de maior importância e apenas uma delas posicionada três linhas a cima da aresta, dando uma forma triangular ao grupo de peças.

divisão-importancia

As peças são organizadas de forma que, se passarmos uma linha imaginária vertical dividindo o grupo de peças em dois lados iguais, a soma das importâncias de cada lado terão que ser iguais (as peças centralizadas na formação não entraram no somatório).

Jogadores

A disposição dos grupos peças no tabuleiro varia com a quantidade de jogadores no jogo, sempre de forma simétrica e que coloque os grupos de peças em distancias iguais entre eles. Permitindo uma partida com 2, 3 e 6 jogadores (com 4 e 5 jogadores, a simetria do tabuleiro é perdida).

Movimentação das peças

Como já foi dito, as peças tem variação de importância no jogo referente a seu poder de movimentação e poder de ação no jogo. Por isso, cada peça terá um tipo de movimentação diferente de acordo com sua importância no jogo. Todas as peças capturam as peças adversárias do mesmo modo que se movimentam.

Peça de “importância 1”:

peca1

É a peça que possui maior repetição no jogo, tendo quatro unidades por jogador e tomando a frente da formação do grupo de peças no tabuleiro. Seu poder de movimentação é fraco, só pode se mover para uma casa vizinha a que ele está, e só captura peças nessas mesmas casas próximas a ele.

Peça de “importância 2”:

peca2

Faz parte da linha de base do grupo de peças.  é a peça mais fraca da linha de base, podendo se movimentar e capturar apenas para as casas vizinhas assim como a peça de “importância 1” (o fato de estar na linha de base será explicado na parte de “atributos das peças” e “pontuação”).

Peça de “importância 3”:

peca3

Compõe a linha de base ao lado da peça de “importância 2”, possui uma movimentação mais elaborara que a de importância 1 e 2. alem de se movimentar como os outros acima podem andar uma casa a mais nas diagonais ligadas diretamente pelas arestas.

Peça de “importância 4”:

peca4

Localizada na extremidade direita da linha de base da formação das peças. Ela possui quase a mesma movimentação da peça de “importância 3”, porém não é permitida se mover para as casa vizinhas a dela.

Peça de “importância 5”:

peca5

Localizada da extremidade esquerda da linha de base da formação das peças. Sua movimentação é semelhante a da peça de “importância 4”, de andar uma casa a mais que as vizinhas nas diagonais, porém ela se movimenta uma casa a mais que as vizinhas  que não são ligadas diretamente pelas arestas e além disso, é a única peça que pode “pular” outra peça que estiver no percurso da movimentação.

Atributos das Peças

Alem de ter uma movimentação diferenciada no jogo, cada peça de importância possui também atributos diferenciados, atributos esses que auxiliam no confronto com as peças adversárias.

Conforme o a importância da peça aumenta, seu atributo tem maior peso no confronto com outras peças de menos importância.

Por Ex: uma peça de “importância 5” possui melhores atributos que uma peça de “importância 2”, e essa por sua vez, possui melhores atributos que uma peça de “importância 1”.

Esses atributos valem para todos os participantes do jogo.

Para representar e informar aos participantes os atributos de cada peça, existem 5 cartas, onde se mostram os atributos de cada uma das peças de importância no jogo.

cartasatributos

Os Atributos são os mais básicos para sintetizar um confronto: Defesa e Ataque.

Cada um desses atributos possui uma variação de seis pontos, onde o menor valor de atributo é 1 e o maior é 6.

Sistema de confronto

O Confronto ocorre quando uma peça tenta capturar uma peça adversária.

simulacao1

Quando isso acontece, os jogadores que vão entrar em confronto verificam as cartas de suas peças, observando os atributos que vão ser usados (o atacante observa o atributo de ataque, e o que recebe o ataque, o atributo de defesa).

Simulacao2

Logo depois, os jogadores em confronto rolam um dados de 6 lados (1D6) cada, o valor do dado de cada jogador será somado com o atributo usado no confronto (Atributo de ataque + 1D6, Atributo de defesa + 1D6).Ao final da somatória dos valores, o jogador que possuir maior pontuação vence o confronto.

somatorio

Se os valores forem iguais para ambos os jogadores, o jogador que está na defesa vence o confronto. O perdedor, seja ele o defensor ou atacante, tem sua peça retirada do tabuleiro.

Pontuação

O sistema de pontuação varia de 1 a 5 pontos por cada peça, porém essa pontuação não faz referencia direta a importância da peça no jogo.

As pontuações das peças são:

  • Peça de “importância 1” – 1 Ponto
  • Peça de “importância 2” – 5 Pontos
  • Peça de “importância 3” – 2 Pontos
  • Peça de “importância 4” – 3 Pontos
  • Peça de “importância 5” – 4 Pontos

O objetivo da peça de “importância 2” possuir maior pontuação porém ter apenas uma importância e atributos maiores que a de “importância 1”,  é de gerar uma “fraqueza” para o grupo de peças do jogador, onde se deve defender uma peça com maior valor do jogo, em que ela possui uma movimentação fraca em relação as outras, Criando um jogo não só de confrontos e captura de peças, mas também um jogo de defesa estratégica e tática.

Num jogo com dois jogadores, se um deles capturar todas as peças adversárias, ele teria um total de 18 pontos. Já em um jogo com 6 jogadores,  o máximo que um jogador poderia pontuar seria de 5 vezes esse valor, no caso, 90 pontos.

O jogador que obter mais pontos na partida, vence o jogo.

Shogi – Xadrez Japonês

Shogi_Ban_Koma

Shogi, tambêm conhecido como xadrez japonês é a versão japonesa do Chaturanga. Ao contrário do ocidente, onde todos os países tem as mesmas versões do jogo de xadrez, no oriente cada país tem sua versão nacional do jogo: Xiang Qi na China, Jonggi na Coreia, Makruk na Tailândia, Sittuyin noSião, etc.

O objetivo do jogo é o mesmo do xadrez ocidental, mas mudam-se as peças e o tabuleiro. Vence o jogo quem capturar o rei adversário.

Seu formato mais jogado é levemente retangular (5 cm x 4 cm), onde o comprimento é ligeiramente maior que a largura. Suas casas são todas da mesma cor (da casca do bambu, marrom bem claro, amarelado, ou creme bem claro). Divide-se em nove colunas por nove linhas, perfazendo 81 casas, que são demarcadas por um fina linha preta. Nos campeonatos existem graduações para os jogadores, através de um sistema que se assemelha ao das artes marciais. Para cada graduação existe um tabuleiro especifíco. Sendo que para os iniciantes o tabuleiro é de 12 casas ( 4 X 3 ) e o dos mestres é de 169 casas ( 13 X 13 ). Há tabuleiros com mais casas para jogos em equipes. Quanto mais casas mais tipos de peças se tem.

A peças são todas da mesma cor (marrom, quase branca) e mesmo formato, de 0,5 cm de altura; e quando vista de cima possuem cinco pontas e cinco lados retos, nas seguintes proporções: 3 x 4 x 2 x 2 x 4. As peças diferenciam-se pelas inscrições em japonês escritas nos planos superior e inferior, conforme a peça esteja ou não promovida. As peças quase que ocupam todo espaço da casa, os lados menores medem 3 cm aproximadamente. Existe também uma varianteNana Shogi, que se joga com peças no formato de dados de seis lados; nela cada peça pode assumir seis valores diferentes. Esta variante é jogada em um tabuleiro de 9 casas ( 3 X 3). E não se pode confundí-la com uma versão mais fácil do jogo, como na de tabuleiro 4 X 3.

Para que cegos possam jogar pode-se colocar uma pequena variação no tamanho das peças: quanto mais importante a peça, maior o seu tamanho.

No começo do jogo, cada jogador dispõe de 20 peças iguais às do outro jogador. Se diferenciam as peças de um jogador das do outro pela direção que apontam sobre o tabuleiro. É assim definido pois uma vez capturada uma peça do adversário pode-se utilizar junto às outras peças de quem capturou. Além disso algumas peças têm desenhos em ambas as partes para identificar quando uma peça foi promovida. As 20 peças são as seguintes:

  • Rei
  • 2 Generais de Ouros
  • 2 Generais de Prata
  • 2 Cavalos
  • 2 Lanceiros
  • 1 Bispo
  • 1 Torre
  • 9 Peões

Movimentação das peças:

Rei                             Torre                      Bispo                   General de Ouro


Rei Torre BispoGeneral de Ouro

General de Prata    Cavalo                       Lançeiro                 Peão


General de prata Cavalo LanceiroPeao

Promoção:

Quem chegar na zona de promoção pode escolher promover sua peça o que vai lhe dar novos movimentos.

  • O general de prata, o cavalo, a lança, ou o peão assumem o movimento de um general de ouro
  • A torre ou o bispo além do seu movimento normal ganha mais um movimento. Uma casa na diagonal no caso da torre e uma casa na horizontal ou vertical no caso do bispo.

A torre promovida se move como torre mais o movimento de um rei.

Torre-Promovida

O bispo promovido se move como bispo e como rei.

Bispo-promovido

Captura:

A captura é igual ao movimento.

Quando se captura uma peça, ela passa a fazer parte de seu exército, mas sem a promoção. Pode-se colocá-la em qualquer lugar do tabuleiro. E ela tem de ser capaz de fazer pelo menos um movimento. O peão não pode entrar dando xeque mate, nem em uma coluna onde já exista um peão não promovido do mesmo exército.

Se um rei entrar sem querer na linha de ataque de uma peça, ele pode ser capturado e o jogo acaba.

Posições:

Os peões se colocam na terceira linha (são nove no total); o bispo na segunda linha e segunda coluna; a torre na segunda linha e oitava coluna; os lanceiros na primeira linha, uma na primeira coluna e outro na nona coluna; os cavaleiros na primeira linha, um na segunda coluna e outro na oitava coluna; os generais de prata na primeira linha, uma da terceira coluna e outro na sétima; os generais de ouro na primeira linha, um na quarta coluna outro na sexta; e o rei na primeira linha e quinta coluna.

Referência:

Wikipedia – Shogi
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Shogi&gt;. Acesso em: 25 de outubro de 2009.

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Jogo de tabuleiro com Zumbis: Last night on earth

No Zombie Board Game: Last Night on Earth você pode ser o heroi da cidade ou pode virar um dos zumbis. Você vai precisar saber onde conseguir armas e como construir uma barricada ou como capturar os vivos e qual os cérebros mais saborosos.

O jogo Zombie Board Game: Last Night on Earth vem com um tabuleiro modular e cinco cenários diferentes, mais um CD com uma trilha sonora “épica”! As peças são 22 mini-figuras de plástico super detalhadas. Parece ser bem legal.

O Zombie Board Game: Last Night on Earth custa US$49,99 na ThinkGeek.

Referências:

Think Geek
<http://www.thinkgeek.com/geektoys/games/c674/&gt;. Acesso em: 24 de outubro de 2009.

Blog de Brinquedo
<http://blogdebrinquedo.com.br/2009/10/13/jogo-de-tabuleiro-com-zumbis-last-night-on-earth/&gt;. Acesso em: 24 de outubro de 2009.

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Xadrez – A Origem das 32 Peças

Até o fim do século 19, acreditava-se que o jogo de xadrez havia surgido na região da antiga Pérsia. Entretanto, no início do século 20, duas publicações contribuíram para mudar esta concepção.

Em 1902, o oficial inglês H. Raverty escreveu um artigo no Jornal da Sociedade Real Asiática de Bengala, intitulado a “História do Xadrez e do Gamão”. De acordo com lingüista Sam Sloam (1985) [1], pela primeira vez contou-se a seguinte história: um sábio chamado Sissa, de uma região do noroeste da Índia, inventou um jogo que representava uma guerra e pediu como recompensa ao rei um grão de trigo para a primeira casa do tabuleiro, dois para a segunda, quatro para a terceira, sempre dobrando a quantidade da casa anterior. Essa famosa história foi inúmeras vezes recontada e acabou tornando-se a lenda mais conhecida sobre a origem do xadrez.

Em 1913, Harold James Ruthven Murray publicou o livro “Uma História do Xadrez”. Nesta obra, o autor declara de forma convincente em mais de 900 páginas que o xadrez foi inventado na Índia, em 570 d.c.. Este xadrez indiano chamava-se chaturanga e seria anterior ao xadrez persa (chatrang), ao xadrez árabe (shatranj), ao xadrez chinês (xiangqi), ao xadrez japonês (shogi) e a todos os xadrezes. A pesquisa do autor tornou-se uma referência na literatura enxadrística e foi reproduzida exaustivamente [2].

Todos nós acreditamos na versão de Murray. Afinal, o chaturanga era a origem mais provável. Porém, esta teoria foi ficando cada vez mais difícil de sustentar com novas descobertas arqueológicas e com uma análise mais minuciosa das fontes do autor. Na busca de referências para trabalhos científicos, o xadrez indiano a quatro mãos passou a ser citado como uma variante mal-sucedida de um outro jogo ainda mais antigo [3].

De acordo com Yuri Averbakh (1999) [4], a origem do xadrez não pode ser analisada sem o conhecimento adequado da origem de outros jogos de tabuleiros. Por exemplo: egípcios e gregos tiveram os seus jogos de tabuleiros que simulavam corridas. Asthapada era o nome de um antigo jogo de corrida indiano que, assim como o chaturanga, era jogado por quatro pessoas, com dados, em um tabuleiro de 64 casas. A idéia de um xadrez inicial somente com carros de combate é realmente incrível.

Mas, apesar de Jean-Louis Cazaux (2001) [5] e Myron Samsin (2002) [6] proporem o xadrez como um jogo híbrido, o registro da existência de vários jogos de tabuleiros (8×8), em regiões e épocas distintas, com peças representando uma hierarquia e com o mesmo objetivo de deixar a peça principal sem movimento é uma evidência que estes jogos tiveram uma origem comum.

O período árabe do xadrez, cujo nome shatranj permanece até os dias atuais, parece ser o único ponto de convergência entre os antigos e atuais pesquisadores. Ele foi realmente o responsável pela propagação rápida do jogo que acompanhou a cultura mulçumana na expansão do islamismo. Até 1475, o xadrez que jogava-se na Europa era resultado direto desta influência. O grande enigma diz respeito ao seu período ainda mais remoto. Se realmente há registros na literatura antiga persa e chinesa anteriores ao século seis da nossa era sobre um jogo de tabuleiro similar ao xadrez, podemos considerar as seguintes hipóteses formuladas por Cazaux (2001) [7]:

1 – O xadrez nasceu na Pérsia;
2 – O xadrez nasceu na China;
3 – O xadrez persa e chinês têm o mesmo ancestral;
4 – O xadrez persa e o xadrez chinês influenciaram-se mutuamente na sua formação.

Há referências [8] que, ao menos 700 anos antes da era cristã, jogava-se na China um jogo de tabuleiro com pedras que simulava uma guerra. O número de peças podia chegar exatamente a 32 peças. Este jogo tinha o nome de Liubo e é considerado o ancestral do xiangqi, o xadrez chinês.

O jogo do elefante [9] já era jogado na China no século II d.c.. Os movimentos das peças que iniciam nas bordas do tabuleiro, equivalentes à torre, cavalo e bispo [10] do xadrez moderno, são praticamente os mesmos do xadrez chinês. Há também um rei no centro. O que muda é o número de peões: apenas cinco no xiangqi, contra oito do modelo ocidental. Esta mudança é compensada em número de peças por dois conselheiros e dois canhões, somando em ambos os jogos 32 peças.

O tabuleiro chinês é no formato 9×10. Como as peças não são colocadas nas casas e sim nos pontos que separam as casas, a transposição para xadrez moderno equivaleria a um tabuleiro 8×9. Há ainda no xadrez chinês um rio que separa os dois lados como uma fronteira artificial. Se o rio fosse eliminado teríamos o mesmo tabuleiro de 64 casas (8×8). Sloam (1985), em seu artigo “A origem do xadrez” [11], é enfático quando comenta a convenção dos pontos, originária de um outro jogo de tabuleiro, o go:

“…quando o xadrez foi da China para a Índia, era jogado num tabuleiro de go de 9×9. Quando os indianos (ou persas ou árabes, quais tenham vindo primeiro), que não sabiam nada de go, viram aquilo, eles simples e naturalmente tiraram as peças dos pontos e puseram nas casas. Assim, um tabuleiro de go de 9×9 tornou-se um tabuleiro de xadrez de 8×8. Contudo, havia ali uma peça a mais, então os indianos simplesmente eliminaram um dos chanceleres. Também acrescentaram três peões, para preencher o espaço vazio em frente. (O xadrez chinês agora só tem cinco peões, mas pode ter tido mais em versões mais antigas do jogo). Dessa forma, é possível que eles tenham convertido o xadrez chinês em xadrez indiano de um só golpe…”

Embora não existam evidências que comprovem todos os argumentos daqueles que hoje acreditam na segunda hipótese, é um fato os registros de um jogo anterior ao chaturanga e ao chatrang em pelo menos três séculos. O xiangqi teria a possibilidade de ter se propagado em outras regiões sujeitas à influência chinesa com as rotas comerciais da seda. As peças de xadrez mais antigas já descobertas foram encontradas nestes caminhos.

Neste xadrez de tantas possibilidades, permitiu-se ainda que em julho de 2002 fosse encontrada durante as escavações de um palácio bizantino, no sul da Albânia, uma peça de marfim que seria do ano 465 d.c. [12] (portanto, anterior ao chaturanga). Seria a mais antiga peça já encontrada na Europa, mas há quem acredite não ser uma peça de xadrez e sim apenas uma pequena estatueta decorativa. Antes desta descoberta, peças italianas feitas de osso, datadas do séc. X, em exposição no Museu Arqueológico de Nápoli, pareciam confirmar que o xadrez indiano, persa ou chinês havia demorado mais séculos antes de entrar na Europa medieval.

Notas:
1 – SLOAM, Sam. The Origin of Chess. 1985. Disponível em:< http://www.samsloan.com/origin.htm&gt;. Acesso em: 29 ago 2002
2 – Embora o autor tenha este e outros livros reimpressos nas décadas de 50 e 60, suas pesquisas encerram-se em 1917.
3 – SLOAM, Sam. Op. Cit.
4 – AVERBAKH, Yuri. To the Question of the Origin of Chess. 1999. Disponível em: < http://www.netcologne.de/~nc-jostenge/ averba.htm>. Acesso em: 29 ago 2002
5 – CAZAUX, Jean-Louis. Is Chess a hybrid game?. 2001. Disponível em: < http://www.netcologne.de/~nc-jostenge/cazaux.htm>. Acesso em: 29 ago 2002
6 – SAMSIN, Myron J. Pawns and Pieces – Towards the Prehistory of Chess. 2002. Disponível em: < http://www.netcologne.de/~nc-jostenge/samsin.htm>. Acesso em: 29 ago 2002
7 – CAZAUX, Jean-Louis. Op. Cit.
8 – FLEISCHER, R. e ULLAH KHAN, S. Xiangqi and Combinatorial Game Theory. 2002

Referência:

Ajax Clube
<http://ajaxclube.com.br/a-origem-das-32-pecas/&gt;. Acesso em: 24 de outubro de 2009.

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Chaturaji

Chaturaji

Muitas vezes confundida com sua versão posterior (Chaturanga), o chaturaji era jogado por 4 adversários, ,cada um com 8 peças : um rajá, um elefante, um cavalo, um navio e quatro infantes. Eles se correspondem atualmente ao rei, bispo, cavalo, torre e peões, respectivamente. A partida era jogada com dados e as peças valiam pontos quando capturadas: 5,4,3,2,1, na ordem acima citada. Depois os dados foram tirados, diminuiu-se a quantidade de jogadores para 2, que se posicionaram um defronte ao outro e as peças unificadas em cada jogador. Originalmente, este era um jogo de sorte: rolava-se dois dados para decidir qual peça seria movida. Uma variante sem dados do jogo foi jogado ainda na Índia no final do século 19.

Movimentação das peças

  • O Rajá se move do mesmo jeito que o rei do xadrez
  • O Elefante se move do mesmo jeito que a Torre do xadrez
  • O Cavalo se move do mesmo jeito que o Cavalo do xadrez
  • O Navio corresponde ao bispo, mas sua movimentação tem um limita: o navio se move 2 casa na diagonal em qualuqer direção.
  • Os Infantes se movem como no xadrez, mas nao tem opção de iniciar a movimentação pulando uma casa todos os peões dos quatro jogadores se movem e capturam em diferentes direções no tabuleiro, como seria de esperar de uma configuração inicial do jogador. Por exemplo, os peões vermelhos que começam na coluna G se movem para a esquerda, são promovidos quando tocam a coluna A.

Em cada turno, dois dados eram rolados, era usado geralmente um bastão com quatro lados. Era permitido aos jogadores lançar os dados e pegá-los no ar, exercendo algum controle sobre o resultado. No entanto é possível também jogar com um dado com seis lados. as peças a serem movidas são determinadas pelo número dos dados

  • 1 ou 5 – Infantaria ou Rajá
  • 2 – Navio
  • 3 – Cavalo
  • 4 ou 6 – Elefante

Em cada turno, dois movimentos podiam ser feitos, um para cada dado. A mesma ou peças diferentes podiam ser movidas, e o jogador podia descartar uma ou ambas as jogadas se desejasse.

Pontuação

Não há cheque ou cheque-mate. O Rajá pode ser capturado como qualquer outra peça. A pontuação do jogo é coletar quantos pontos for possível. Os pontos são ganhos capturando peças adversárias, de acordo com esse esquema:

  • Infantaria – 1
  • Navio – 2
  • Cavalo – 3
  • Elefante – 4
  • Rajá – 5

Se o jogador consegui somar 54 pontos, isso significa que ele capturou todos os Rajás dos três exercitos adversários e seu rajá permaneceu no tabuleiro. Esse valor é a soma de todas as peças de três exércitos.

(via História do Xadrez; Wikipedia)

Chaturanga

Chaturanga é um antigo jogo de tabuleiro indiano que se acredita ter originado o Jogo de Xadrez, o Shogi e o Makruk, e é relacionado com o Xiang Qi (ou Janggi). Surgiu provavelmente no Século VI d.C., sendo considerado o predecessor do Shatranj que, por sua vez, veio a originar o xadrez moderno.

Assim como nos jogos de tabuleiro atuais, o chaturanga se joga com dois jogadores, mas também há uma versão para quatro jogadores, o Chaturaji. (Nas minhas pesquisas notei que o nome dessas versões são muitas vezes confundidas)

Imagem1

Peças de Chaturanga:

  • Ràja (Rei)
  • Mantri, conselheiro (Rainha)
  • Ratha, Carruagem (Torre)
  • Gaja, Elefante (Bispo)
  • Ashva (Cavalo)
  • Bhata, Infantaria (peão)

Movimentação das Peças:

  • O Ràja pode se mover uma casa para qualquer lado, podendo também fazer um único movimento de Ashva
    durante a partida desde que não tenha sido ameaçado (posto sob cheque) antes;
  • O Mantri move uma casa na diagonal;
  • O Gaja move duas casas na diagonal, podendo saltar uma peça que esteja no caminho.
  • O Ashva se move em “L”, fazendo um movimento equivalente à diagonal de um retângulo de 3×2 casas;
  • A Ratha move para frente, para trás ou para os lados, quantas casas o jogador quiser;
  • O Padàti/Bhata move uma casa para frente, e captura em uma casa para a diagonal
    (para frente e para a direita, ou para frente e para a esquerda, nunca para trás).

Os Bhata podem promover quando eles chegam na última fileira do tabuleiro, mas somente para o mesmo tipo de peça que estava no início da partida na casa ao qual ele chegou. Exemplo: quando um Bhata branco move para a casa onde inicialmente estava um Ashva, ele é promovido a Ashva . Porém, a promoção só é possível se o jogador já tenha perdido a peça a ser promovida.

(Via Jogo Antigo; Wikipédia)

Tablut ou Jogo dos Vikings

Tablut, que originalmente teria o nome de “Tafl”, tem suas regras preservadas graças aos escandinavos, daí deriva seu nome atual de “Jogo dos Vikings”.

Seu tabuleiro, bem como o número de peças e regras, podem ser diferentes, dependendo da região em que o jogo for pesquisado.

Os tabuleiros podem ser de 9×9 casas (- 81 quadrados – o Tablut, jogado na Lapônia) ou 11×11 casas (- 121 casas – o Tawlbwrdd) ou ainda num tabuleiro de 19×19 casas (- 361 casas – o Hanefatafl).

No geral as regras são muito semelhantes: o rei, que se posta na casa central (o konakis – umbigo do tabuleiro – esta casa só pode ser ocupada pelo rei), defendido por seus soldados, deve chegar a borda do tabuleiro. Se for impedido pelos adversários e capturado, perde o jogo.

As regras teriam sido pela primeira vez anotadas por um cientista e antiquário sueco, de nome Linnaeus, no ano de 1732. A jornada de Linnaeus através da Lapônia, é por si só um feito digno de nota. Movendo-se a pé ou em pequenos barcos, ele viajou por 3.798 milhas (mais de 6 mil quilômetros!) em incríveis 153 dias, numa média de 40 quilômetros por dia, o que, naquela época e condições, era sem dúvida um grande feito. Nessa viagem, fez anotações em sueco e latim, sobre plantas e flores, animais, peixes insetos, receitas culinárias, cerimônias de casamento, geologia, doenças e seus tratamentos e, obviamente, jogos.

Enquanto na Lapônia, a fim de facilitar-se o transporte, o tabuleiro era confeccionado como uma toalha, na Inglaterra este era feito de madeira ou metal, com peças feitas e presas de leão marinho.

Retratando a batalha do “Rei Sueco” contra os “Moscovitas”, é um jogo com diferença de forças, onde os “Moscovitas” contam sempre com um número maior de peças.

As peças movem-se como a torre do jogo de xadrez, isto é, não podem mover-se diagonalmente, mas somente em linha reta. O salto sobre uma peça adversária é permitido, sem que isso signifique a captura da peça, o que só ocorre se uma peça ficar “prensada” entre duas do adversário.

A regra da captura só é diferente para o rei, que deve ser capturado pelos quatro lados ou três, se o konakis formar o quarto lado.

O fato das peças moverem-se todas da mesma forma talvez possa ser explicada pelo modo de pensar dos vikings. No século X, um mensageiro dos francos, encontrou-se com um navio Viking dinamarquês. Indagou destes, quem seria seu mestre. E obteve a resposta:”Ninguém. Somos todos iguais…”

O jogo é mencionado nas sagas nórdicas, nas lendas Irlandesas e até nas lendas sobre o Rei Arthur.

No século X o jogo era profundamente difundido no Pais de Gales, sendo jogado pela classe popular, com tabuleiros simples de madeira, e pelos poderosos, com tabuleiros ricamente trabalhados, de metais preciosos.

No ano de 1880, descobriu-se em Gokstad (proximidades de Oslo) um navio viking, preservado por estar enterrado na lama. Ao que parece, este navio seria um “navio mortuário”, e seu dono fez enterrar-se com um cão, utensílios de cozinha, e um tabuleiro de jogos, certamente o Tablut.

(Via Jogos Antigos)

Xadrez Coloca Frota Naval contra Vilarejo

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Fantástico o set de xadrez criado à mão pela artista Mellington Cartwright,
com colaboração de Tim Yates, onde uma vila está sendo atacada por navios.

O Stability vs. Instability (chess board and set) é feito de metal e na sua construção foram usados várias técnicas diferentes. O projeto demorou 10 meses e foram gastas 400 horas do design ao produto final. O tabuleiro mede 61 cm por 61 cm e tem 15 cm de altura incluindo as peças.

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(via Blog de Brinquedo)

Xadrez com Válvulas Termiônicas!

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Incrível o tabuleiro de xadrez criado pelo artista Paul Fryer usando antigas válvulas termiônicas como peças.

O Chess Set for Tesla vem com 32 válvulas que quando são encaixadas no tabuleiro se acendem e mostram, no topo, ícones representando as peças do xadrez. Paul Fryer construiu apenas 7 unidades do Chess Set for Tesla e, aparentemente, estão todas esgotadas.

Chess-Set-for-Tesla-02

Chess-Set-for-Tesla-02

(via Blog de Brinquedo)

Xadrez de South Park

No South Park Chess Set as peças são os personagens da série, incluindo: Chef como o Rei, Big Gay Al é a Rainha, Kyle o Bispo, Cartman o Cavalo, Stan é a Torre e Kenny o Peão. As peças são feitas de vinil pintadas à mão e o tabuleiro é dobrável.

O “South Park Chess Set” custa US$39,98 na Things You Never Knew Existed…

Visite o site oficial da série animada South Park!

(via Blog de Brinquedo)